Na sexta-feira à tarde, após uma longa expectativa, Santa Maria está mais perto de ter duas importantes BRs duplicadas: a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concedeu a licença de instalação para a obra da travessia urbana. A duplicação de 14,1km nas BRs 287 e 158 ainda não tem data para começar, mas deve ser em breve, porque a principal etapa antes do início da obra foi superada.
:: Obra de duplicação das BRs pode começar nos próximos dias
Agora, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) analisará as condições do licenciamento ambiental emitido e, então, poderá autorizar que os dois consórcios contratados comecem a trabalhar. As seis empresas que fazem parte dosconsórcios vencedores da licitação já estão com a estrutura preparada em Santa Maria: funcionários contratados e máquinas a postos.
Hélio Militz Júnior, diretor da empresa Continental, membro do consórcio Continental-Sogel-Ecoplan, que fará a duplicação dos 5,1 quilômetros entre os trevos do Castelinho e da Uglione, disse que ficou sabendo da autorização pela imprensa:
O Dnit precisa notificar as empresas para, só então, começarmos o nosso trabalho.
Quando liberadas, as empresas começarão as atividades pelo trevo do Castelinho. Já o Consórcio Travessia fará os 9,4 quilômetros do lote 1 da obra, do trevo da Uglione até próximo à Ulbra, na BR-287. Quando o Dnit der o sinal positivo para a intervenção no trecho, as empresas começarão a obra pela região oeste.
Conforme Leandro da Silva, responsável pelo consórcio Travessia, formado pelas empresas Sultepa, Magna e Etel, na segunda-feira uma reunião deve definir o cronograma:
Vamos nos reunir para fazer esse planejamento. Segundo informações do Dnit, a licença ambiental inclui condições e restrições, que serão analisadas minuciosamente pelo órgão, a partir de segunda-feira.
Quando estiver tudo acertado e a obra começar, o prazo para término é de 30 meses. Assim, se tudo correr sem imprevistos, em meados de 2017 a travessia urbana estará duplicada.
Ainda conforme o Dnit, durante o tempo de obra, o tráfego deve seguir normalmente pelas rodovias. Apenas interrupções parciais e rápidas devem ocorrer. Além do aumento da capacidade da estrada, serão construídos viadutos e passarelas.
Dentro desse prazo, devem ser feitas desapropriações e a remoção de moradores irregulares ao longo das rodovias. Conforme o Dnit, esse trabalho já começou, com o cadastro dos imóveis e a identificação, em plantas, de quem terá de se mudar. Nas duas pontas da travessia, por onde as empresas devem começar a trabalhar, não há necessidade de desapropriações.
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